Dizem que existe um caminho para todos os encontros da nossa vida. Uns mais felizes que outros, uns mais bem espinhosos que outros e uns simplesmente confusos.
Eu? Eu encontro me numa corda bamba, dividida entre um caminho cheio de cores e um cinzento, eu sozinha estou no meio onde nem me atrevo para baixo olhar, não há chão para me consular, apenas o vento que passa ali e assobia como se a zombar comigo estivesse, à espera que com um empurram, dele mesmo, eu caia naquele abismo sem fim.
No extremo de cada um dos caminhos existe outra eu, duas diferentes mas iguais, uma que só a escuridão conhece, outra que só a cor quer mostrar e eu que não sei para qual me virar.
Não é algo que possa pedir ajuda, porque é algo que tenho de decidir sozinha e seguir com o meu próprio pé, isto é o que sei.
Mas onde é que cada um me leva, porque razões tenho eu que escolher e porque motivos existem dois? Isto e o que não sei.
Acho que todos temos estes dois, a um determinado ponto da nossa vida, a espera da escolha final. Não podemos continuar a baloiçar na corda, a fazer malabarismos e tentar continuar a nela suspendermo-nos e não cair de lá. Continuou a espera, eu sozinha lá, que o vento sopre para um deles ou talvez à espera da minha própria escolha.
E vocês?
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