Raiva que me consome e aos poucos destrói, está a dar cabo de mim. Não suporto, não suporto, não suporto! Aos poucos e poucos a pessoa maravilhosa que era ou que pretendia ser está a cair em força e bocados para um fundo negro e gélido onde nada existe a minha volta. Não quero isso, quero poder voltar para cima e reconstruir o que este ciume ou esta raiva está a fazer, a inspiração falta-me e a minha volta há vozes das quais não quero o som, abstraio-me de tudo para não as ouvir ou simplesmente crio o que fazer para me manter ocupada.
O porque de tanta raiva? O porque de tantas vozes a minha volta... Só queria a paz e sossego que pensava obter com a idade, mas parece que cada vez mais estou irrequieta, quando algo tenho depois de tanto esforço parece que me farto eventualmente dessa mesma coisa, parece que nunca é suficiente para mim ficar um tempo ilimitado com a mesma coisa, há uma necessidade em mim de mudar de ir a procura de algo novo...
Talvez seja o porque da raiva que me está a consumir. Talvez sim talvez não... o meu maior problema é que agora é tarde demais para voltar atrás e decidir mudar o rumo da minha vida, porque agora já esta entranhado em mim, na minha pele, o seu cheiro, na minha cabeça, sua imagem, em meus ouvidos, a sua voz, em meu corpo, o dele, em meus lábios, os seus, em minhas mãos, as suas, em meu coração, ele. É como um parasita delicioso, que me suga o sangue e me dá um prazer imenso...
Que confusão que ideias.
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