Algo

Foi o primeiro dia de sol do ano, ainda castanho cobria o chão e cinzento o céu.
Soprava vento, mas não havia frio.

Primeiro relance, uma troca de olhares, um andar despreocupado. E apagou-se da memoria.
Segundo relance, um café, amigos comuns, tarde fria. E apagou-se da memoria
Terceiro relance, um fim de tarde, cansaço, calor e uma pergunta seguida de um adeus. E apagou-se.
Quarto relance, um olá. E ficou na memoria

Não fora preciso mais, não fora preciso menos. Cresceu daí, fez se algo - coisa desvairada mas com a sua graça inocente - lentamente.

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