Hoje vou abordar algo mais pessoal para mim, que não toco particularmente porque quero, nem gosto de o fazer. Ultimamente sinto a minha sanidade mental a deteriorar se a medida que o tempo passa, se calhar sou eu que pertenço numa instituição onde me fico sedada 24h sob 24h.
É cada vez mais difícil para mim destingir o real da ilusão, cada vez mais difícil conter o que sinto e manter a minha postura. Não consigo sorrir por vontade, cada vez mais sensível. Cobro-me com lençóis e mantas para me esconder de uma realidade até chegar um novo dia, em que os de semana se baseiam em sobreviver e afogar-me em trabalho para não me auto-destruir.
A dormência que sinto está a tornar-se cada vez mais em relação ao normal. Começo a divagar mais e perco-me na minha mente, confundo-a com a realidade e deixo-me afundar por breves momentos - nesses mesmos entro num frenesim que me leva o ar. diria em poucas palavras que é horrível a sensação - No dia-a-dia, por pura cortesia conhecidos e amigos perguntam me como tenho passado, e novamente por pura cortesia respondo - "bem, obrigada..." - não valeria a pena atormentar quem não merece com a verdade.
Gostava de respirar fundo e tornar-me normal, mas talvez perdesse a minha essência, extravagante.
Olho para os outros como se de outro lado do mundo, como uma espelho, e reflicto o que ninguém quer ver invejo-os. Sinto-me tão longe de tudo e todos que acho que nunca ninguém irá me alcançar.
Passos os dias gelada, literalmente, sinto facas nos pés quando caminho pela cidade que não imite o mínimo som para mim, e ate seja melhor assim.
Não sei se consigo durar com isto durante muito tempo... ou durante muito mais tempo.
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