Deste me amor, ou seria luxúria?
Deste me esperança, ou seria ilusão?
Deste te a mim, ou terei sido eu que me dei a ti?

Chamaste por mim numa noite quente de verão, chamaste por mim e eu para teus braços corri, ansiava entregar-te a minha alma, ansiava entregar-te o meu corpo, ansiava por ti.

Cantaste me ao ouvido, que me desejavas, que me querias, que era mistério no teu olhar. Deixei-me levar por ti, dei-te meu corpo que fervia, que transpirava, que tremia e gritava por ti, entrei em perfeito delírio. Foi como um sonho, interminável durante uma noite escaldante…

Não tenho palavras para ti, assim como não tiveste para mim, vias-me a alma e viste-me o corpo, estava tão envergonhada que queria esconder, mas o prazer que me deste era de morte. Acabou tudo por ser levado com água pura e cristalina, fria, mas refrescante, foi tudo levado com ela assim como o sentimento ardente que me consumiu, assim como o teu sentimento, assim como o “amor” impossível, assim como “nós”.

O que era já não há, e o que nunca foi não será.

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