Si nous étions tous pareils il n'y aurait pas de plaisir en ce que, si chacun est différent à sa manière, alors pourquoi juger les uns les autres sur leur façon d'être et à l'usure?
Cesser d'être inutile, d'éveiller à la vie, vivre votre chemin et ne se soucient pas de ce qui est hors MAIS ce qui est à l'intérieur.
your arms
Gota a gota, pareciam cair lentamente sobre mim, conseguia sentir cada toque que caia sobre o meu cabelo, rosto e roupa…
A tua mão estava a aquecer a minha, era o único calor que sentia naquele momento. O meu corpo estava imóvel sobre o teu, com os teus braços me suportavas e ao mesmo tempo me tentavas aquecer, para conseguir alguma reacção do meu ser, que com um olhar espelhado trespassava o teu. Talvez não conseguisse mover-me, aquela sensação de mágoa não me desaparecia do coração, como se me estivesse a esmagar aos pouco por dentro, como que todas as minhas forças se tivessem desvanecido numa questão de segundos.
Ainda recorreste a meus lábios para tentar que alguma reacção saísse dali, nem que um estalo fosse, mas nada, apenas um olhar vazio e um corpo congelado. Não te pedi ajuda, nem queria mas mesmo assim ali continuaste. Pediste-me para te contar tudo, sempre me pediste para te ser sincera, sempre o fui, nunca nada te escondi mas aquela pequena dor só eu a sentia… Gostava de a poder fazer desaparecer, de conter um sorriso nos lábios como outrora continha – “aquele que só tu mo punhas” – era complicado para mim partilhar aquela dor contigo pois era algo insuportável, como poderia eu sujeitar-te a tal tortura?
“Só te quero ver feliz! Sorri para mim” – era sempre com um ar preocupado que ditavas estas palavras. Queria poder explicar-te o turbilhão que estava dentro de mim naquela altura mas impossível era já que apenas eu a continha e apenas eu sabia as razões, talvez não as que ele tivesse medo que fossem mas sim desconhecidas, doutro mundo.
“Desculpa, desculpa, desculpa!” – implorava-te interiormente, nem palavras eram precisas para ver que no teu olhar já me tinhas perdoado.
‘Ambos lutavam para proporcionarem um ao outro a felicidade que nenhum tivera ate ali sentido’
Não o voltes a repetir
“Prometi-te tanto com tão pouco, queria ter comprido tudo o que te disse naquela manha gelada de inverno. De te poder dizer que vai ficar tudo bem. Mas não vai...
Arriscamos tudo por nada, e agora como vês nada temos. Sempre foste cauteloso e eu sempre fui de arriscar, quis tentar ter algo novo nas nossas vidas mas ao que parece se tivesse sido sábio teria seguido os teus conselhos. Quis me armar em rebelde e ser livre, quis explorar o mundo e tudo o que ele tem para oferecer, quis ser o que nunca fui. Tu sempre foste o que realmente és, nunca arriscas-te, nunca precisas-te de provar nada a ninguém, mas mesmo assim consegui fazer-te mal.
Que imprudente sou… quis-te só para mim, ninguém mais te podia ter, ninguém.
Fui egoísta, espero que me perdoes, que perdoes este estúpido homem com corpo de rapaz, este que sempre quis amar-te e não te partilhar com mais ninguém. Talvez agora apesar de tudo consigas perdoar-me. Não te esqueças nunca do que nós os dois passamos juntos. Nenhum outro me fez tão feliz quanto tu me fizeste a mim.”
QUE MERDA VEM A SER ESTA?! – Com um olhar enraivecido enquanto se dirigia para ao pé de Mike – que historia vem a ser está desta carta?! Desistir?! Nunca mais serás feliz com mais ninguém?! RESPONDE-ME! - Gritara o rapaz que outrora era o mais calmo dos dois.
Deixa-me explicar… - aterrorizado tentava responder.
FORÇA! Explica-me o porque disto. – Enquanto rasga o bilhete em mil.
Como poderia eu continuar com isto se nem uma relação consigo ter contigo?! – Disse intimidado mas com uma voz de revolta – como poderia eu continuar assim? COMO?!
NÃO ME INTERESSA NADA DESSAS DESCULPAS ESFARRAPADAS! – Quase que com lágrimas nos olhos – estas a fugir!
NÃO, NÃO ESTOU! – Afastando-se dele a medida que ia falando.
Estas sim… neste momento estas a fazer isso exactamente! – Aproximando-se de Mike – não me das se não outra alternativa. – Com isto dito encosta Mike a parede com uma violência tal que o deixa pasmado e sem palavras.
Que é que estas a fazer…? – Tremendo de medo.
Aquilo que deveria ter feito desde inicio – abraçando-o calorosamente – nunca mais quero que te sintas inseguro sobre nós. Quero que contes comigo até nas mais insignificantes dúvidas. Não me abandones nunca… - apertando-o com ainda mais força.
“Não o voltes a fazer"
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